PARA UM LABRADOR VELHO


Uma pata que é posta em meu joelho,
procuro os olhos que contemplam a mim,
Enrugado, com ar de ligeiramente preocupado,
Sobrancelhas e orelhas se mostram caídas
Eu pergunto para que isso agora?
Minha mão vai  alisar seu pelo
Meu coração amoroso queima ao notar
Que os olhos antes marrons claros agora estão azuis,
E o focinho ficou todo cinzento.

Quatorze anos completos, em idade canina,
Soletrará a virada de uma página
Não antes que muitas luas passarão. Eu sei.
É inevitavelmente assim.
Ainda o pelo dele tem brilho e é sedoso,
Ainda o apetite dele é agudo.
Com amor, eu espero e rezo,
Deus podia adiar o dia,
Quando a sombra aos meus pés eu enxergar
Só o fantasma eu verei,
Acalmando minha mente com a memória,
Das vezes que fomos ao campo, ao pântano
e brincamos embaixo de uma árvore na floresta,
Onde dois corações bateram juntos em sincronia
Meus dedos afagam suas orelhas,
Eu luto com medos sentimentais.
Eu estou profundamente preocupado,
Tentando decobrir o que aconteceu coma arma,
O que é melhor fazer? Deixar para trás
E se ela vier, arrisco novamente.
O declive é íngreme na Colina da Floresta,
Meu limite está ultrapasado e decido voltar para casa

* * *

Embora nós tenhamos voltado só dois para casa,
Não parecia, para nós, muito pouco.
Nós ainda tínhamos aproveitado outro dia
Isto nenhum e ninguém poderia jogar fora.
Contente, pela lareira morna,
Nosso amor não era nenhuma mistura com orgulho.

 Buccleuch Avon (Deus ex de Malmesbury'Tramp o Juno dele) é o antepassado de todo o Labradores modernos. Extraído de: H. WARWICK, O Cão de caça Labrador, NY 1989/3, pág. 9.