ARTIGO - O PALADAR CANINO


O paladar é o sentido capaz de reconhecer os sabores de substâncias colocadas sobre a língua. Na língua existem papilas gustativas que reconhecem a substância e enviam a informação ao cérebro.

O paladar é um sentido desenvolvido logo após o nascimento.

Nos cães, o sentido do paladar não é tão apurado como o dos humanos, pois possuem consideravelmente menos papilas gustativas. No entanto, os cães podem ser muito seletivos em relação ao seu alimento, pois, se o sabor ou a textura não for do seu agrado, dificilmente ele comerá o produto.

A função do paladar está geralmente associada com a ingestão do alimento, servindo, juntamente com o olfato, como orientação, determinando qual alimento entrará no trato digestivo. Assim, a acentuação emocional do gosto parte principalmente das sensações olfativas, de modo que o gosto “agradável” ou “desagradável” dos alimentos parte da cavidade nasal, fato facilmente comprovado pelos humanos no resfriado ou quando se tampa o nariz. Conseqüentemente, a escolha alimentar dos cães é mais olfativa do que gustativa.

As substâncias gustativas ligam-se aos receptores presentes nos botões gustativos, que são os pontos de percepção do paladar. Essas ligações, geralmente, são frouxas. Porém, algumas substâncias fixam-se por tempo mais prolongado. Isto torna-se mais evidente para certas substâncias amargas, ocorrendo “um sabor amargo mais prolongado”. 

Os botões gustativos estão geralmente concentrados sobre as papilas circunvaladas e fungiformes. No cão, os botões gustativos são circulares com diâmetro de aproximadamente 30mcm. 
No cão, a maior concentração de botões gustativos está na parte anterior da língua, porém, eles também podem ser encontrados em várias estruturas relacionadas com a cavidade oral, tais como as margens superiores da garganta, epiglote, palato mole, faringe e laringe.

O número total de botões gustativos é variável nas diversas espécies.

As papilas gustativas são estruturas compostas por células sensoriais que são capazes de distinguir entre quatro sabores primários, sendo o amargo, o ácido, o salgado e o doce. Cada substância excita um tipo de célula sensorial, que é o que determina a sua percepção de sabor. 

Da mesma forma que os humanos, os cães também possuem preferências, principalmente pelos sabores açucarados. Grande parte destes animais não gosta dos sabores amargos e também não gosta de extremos, como pimenta e coisas mentoladas. Também é sabido que os cães preferem comida morna à gelada, e com textura mais macia e úmida do que dura ou seca.
A percepção do gosto varia conforme o sexo e a idade do animal. As cadelas são mais receptivas do que os cães ao gosto doce, e a sensibilidade gustativa é menor no início e no final da vida do animal, com uma eficiência máxima na idade adulta. 

A palatibilidade do alimento é determinada pela associação de aspectos químicos e físicos, baseando-se no odor, na textura, no tamanho, na temperatura e no sabor. De acordo com alguns trabalhos, as preferências caninas podem relacionar-se com as preferências dos donos, bem como com os ambientes físico e social em que os cães se encontram.

A palatabilidade é um parâmetro chave para os alimentos dos animais domésticos. Este termo significa não só a aceitação do alimento como também o estímulo a uma reação positiva por parte do animal.

Por isso a palatabilidade tem sido bastante trabalhada também no desenvolvimento de medicamentos e suplementos para cães. Sabores mais agradáveis facilitam a administração aos cães reduzindo o stress dos tratamentos.
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