GLANULOMA DE LAMBEDURA


Nessa patologia, o animal sente muita necessidade de lamber a região inferior dos membros, o que provoca o aparecimento de uma placa oval e dura. A causa do problema pode ser psicogênica ou orgânica. Antes de fechar o diagnóstico de causa psicogênica todas as causas orgânicas devem ser descartadas (por exemplo bactérias, fungos, demodicose, trauma anterior, alergia, doenças articulares, etc.).

As causas psicogênicas podem incluir tédio e ansiedade, que levam o animal a lamber a extremidade das patas. Uma história detalhada pode revelar que o animal passa a maior parte de seu tempo sozinho.

As raças predispostas são: dobermann, doque alemão, labrador, setter irlandês, golden retriever e pastor alemão. É mais comum em machos e em quase todos os casos as lesões são únicas e acometem apenas um membro.

A lambedura constante produz erosão e coceira. Em seguida, estabelece-se um ciclo "coceira - vontade de coçar", levando ao aparecimento de uma lesão firme e ulcerada. A lambedura impede a cicatrização e provoca contaminação bacteriana. Outro efeito da lambedura constante é a liberação de endorfinas, provocando uma sensação de bem-estar no animal e efeito analgésico. Esse processo faz com que o animal tenha esse comportamento compulsivo. Alguns autores propuseram que esse é um transtorno obsessivo - compulsivo.

O diagnóstico é feito pela história, exame físico e o descarte de todas as causas orgânicas.

O tratamento é baseado no aconselhamento psicológico. O ideal é descobrir a causa e eliminá-la (por exemplo cães que passam muito tempo sozinhos ou confinados, presença de um novo animal ou bebê na casa, fêmea no cio, morte na família, etc.).

Em alguns casos é necessário o tratamento psicológico juntamente com administração de antidepressivos, tranqüilizantes e tratamento tópico da lesão.

Texto extraído do site: www.kennelclub.com.br
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