CHOQUE ELÉTRICO


A causa mais freqüente de choque elétrico é aquela produzida quando um animal morde e mastiga fios elétricos conectados à rede. O risco desse acidente começa quando o animal atinge cerca de cinco semanas de idade e aumenta com o progresso de sua capacidade de locomoção.

O choque elétrico pode causar várias alterações, dentre elas, espasmos musculares, perda da consciência, parada respiratória e queimadura bucal, esta última causada quando a descarga elétrica é transformada em calor. Além disso, o edema pulmonar é uma conseqüência comum do choque elétrico. A gravidade da lesão pela eletricidade é proporcional à natureza e à intensidade da corrente elétrica.

Após morder um fio elétrico, na maioria das vezes, o animal apresenta um enrijecimento abrupto do corpo; alguns são acometidos de convulsões acompanhadas de vômitos e defecação. Pode ocorrer rigidez total e perda da consciência, levando o animal à óbito. Os animais que recuperam a consciência, mostram desorientação e incoordenação dos movimentos musculares durante um curto período de tempo. Aumentos de volume podem ser observados na face e na cabeça dentro de um a dois dias. Alterações respiratórias como dificuldade respiratória, cianose, e tosse podem ocorrer logo na primeira hora após o incidente ou tardiamente, 24 a 36 horas após. Para verificar a presença de edema pulmonar, é necessária a realização de um exame radiográfico, que revelará manchas difusas na área pulmonar.

As queimaduras motivadas por choque elétrico devem ser diferenciadas daquelas por agentes químicos e das térmicas.

Os animais que resistem ao choque elétrico inicial e ao edema pulmonar, normalmente se recuperam. Se o edema ceder, a resolução possivelmente se completará entre três a cinco dias. A resolução do processo deverá ser monitorada através de radiografias torácicas, realizadas em média, a cada 28 a 48 horas. O edema facial decorrente de queimaduras graves, poderá apresentar cura demorada, devendo haver acompanhamento médico.

É muito importante observar se o animal tem acesso a fios elétricos conectados, e estes, quando danificados, deverão ser descartados.

Extraído do site www.dogtimes.com.br
gentilmente cedido por Mariana Saliola.